Síndrome de Burnout: importância da alimentação na prevenção e tratamento

By 13 de abril de 2020 julho 27th, 2022 Estilo de vida

A síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional, é caracterizada por um conjunto de sintomas ocasionados por uma rotina de trabalho desgastante, sendo comum em profissionais que trabalham sob pressão e em contato direto com outras pessoas, como profissionais que atuam com segurança pública, telemarketing, profissionais da área da saúde e também no mundo dos negócios. O termo burnout vem da junção das palavras em inglês “burn” = queimar e “out” = fora, exterior. 

Embora não seja classificada como uma doença, foi incluída na 11º revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID), como um fenômeno resultado do estresse crônico no ambiente de trabalho sem sucesso no gerenciamento. 

Segundo dados da pesquisa feita pelo International Stress Management Association (ISMA – BR),em 2016, estima-se que 72% dos profissionais brasileiros referem estar frequentemente estressados e destes, 32% teriam burnout. 

Principais sintomas de Burnout

Os 3 principais sinais da síndrome de burnout são:

  1. A sensação de esgotamento físico e exaustão
  2. Sentimentos de negativismo em relação ao trabalho e distanciamento mental (apatia, cinismo)
  3. Perda do desempenho profissional 

Outros sintomas também podem estar presentes, podendo começar de forma leve e agravar ao longo do tempo, como dores de cabeça e no corpo, alteração do apetite (seja aumentando ou reduzindo o consumo alimentar), insônia e dificuldade de concentração, problemas intestinais, isolamento, alteração da pressão arterial, entre outros.

Os profissionais habilitados para diagnosticar a síndrome e traçar a melhor estratégia de tratamento são o psiquiatra e o psicólogo. 

Tratamento para síndrome de Burnout

Os tratamentos para síndrome de burnout podem ser acompanhamento psicológico, uso de medicamentos, afastamento ocupacional e mudanças no estilo de vida, com melhor gerenciamento do estresse. O tempo do tratamento vai variar de acordo com o quadro apresentado e a avaliação profissional. 

É possível prevenir a síndrome de Burnout?

Na maior parte das vezes, não é possível tirar as fontes de estresse do dia-a-dia, mas é possível melhorar a resistência do nosso organismo para lidar com as questões desagradáveis que aparecem pelo caminho. Como fazer isso?!

Além da terapia, manter um estilo de vida mais saudável, com a prática de exercícios físicos que deem prazer, cuidados com a alimentação, encontrar um hobbie ou ter momentos de prazer ao longo do dia e cuidar da qualidade do sono, são formas de lidar melhor com o estresse e prevenir a síndrome de burnout. 

Alimentação x Síndrome de Burnout

Considerando a alta demanda energética do cérebro para produção de neurotransmissores, manter uma oferta alimentar que supra as necessidades de energia, aminoácidos, vitaminas, minerais em quantidade adequada, é essencial. Pela carga de estresse mental, o aumento na produção de radicais livres também é presente, devendo a alimentação oferecer compostos antioxidantes para equilibrar esse processo. 

O estresse crônico pode levar a diversas alterações, como aumento no consumo alimentar, principalmente de alimentos mais calóricos, acarretando ganho de peso, alteração da microbiota intestinal (eixo intestino-cérebro) e aumento do processo inflamatório no organismo. Essas alterações podem ser fatores para o desenvolvimento de transtornos depressivos. 

Além disso, desidratação e a deficiência nutricional, decorrente de uma alimentação insuficiente, podem agravar quadros de fadiga e cansaço.  

Uma alimentação baseada em alimentos in natura, como frutas e vegetais variados, grãos integrais, e gorduras de boa qualidade, como azeite e peixes de água gelada (fontes de ômega-3), com baixo consumo de carnes vermelhas e alimentos industrializados, como a dieta mediterrânea, tem sido associado com efeito protetor devido ao seu perfil anti-inflamatório, podendo contribuir na melhora dos quadros de estresse crônico e depressão. 

Além de uma nutrição adequada, que atue como coadjuvante no tratamento do burnout, um outro conceito baseado nas preferências e hábitos alimentares, é o do Comfort food, que podem ser preparações capazes de despertar conforto psicológico, sentimentos positivos e sensação de bem-estar, como receitas caseiras repletas de memória afetiva. 

Dessa forma, além do tratamento médico e psicológico, as mudanças do estilo de vida, com cuidado especial na alimentação, podem favorecer o tratamento e recuperação de quadros de síndrome de Burnout. 

Carolina Favaron

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