Dieta anti-inflamatória no tratamento da obesidade

By 20 de julho de 2022 agosto 1st, 2022 Alimentação saudável

É consenso científico que a adoção de uma alimentação saudável, por meio de uma dieta anti-inflamatória, pode trazer uma série de benefícios à saúde, inclusive auxiliar no tratamento da obesidade.

Mais do que uma dieta da moda, a dieta anti-inflamatória é um processo de reeducação alimentar que tem como foco a ingestão de alimentos naturais priorizando o consumo de gorduras saudáveis, fibras, hortaliças, frutas e carboidratos de boa qualidade e com carga glicêmica baixa.

Esses alimentos fornecem substâncias com propriedades funcionais, como antioxidantes, que ajudam a combater naturalmente os processos inflamatórios do organismo, que podem ser comuns tanto na obesidade, como em outras condições de saúde, a exemplo da diabetes tipo II, hipertensão e doenças cardiovasculares.

A inflamação é uma resposta natural do nosso organismo à alguns distúrbios e pode ser agravada com o consumo rotineiro de alimentos ricos em gorduras saturadas ou trans, agrotóxicos ou aditivos alimentares, como corantes, emulsificantes e conservantes artificiais, presentes sobretudo em produtos alimentícios ultraprocessados.

A longo prazo, esse processo inflamatório invisível no nosso corpo pode tornar-se crônico e predispor a uma série de sintomas e doenças, como enxaqueca, artrite, Alzheimer, entre outros. Além disso, no cérebro (especificamente, no hipotálamo) pode prejudicar o equilíbrio de hormônios relacionados com a fome e saciedade, consequentemente aumentando o apetite.

Como fazer uma dieta anti-inflamatória na prática para tratar a obesidade?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um bilhão de adultos, em todo o planeta, estão com sobrepeso, destes, 500 milhões são considerados com obesidade.

A doença atinge também as crianças: mais de 40 milhões com idade até cinco anos estão acima do peso.

Estima-se que até 2025, 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam com excesso de peso.

Além de várias complicações de saúde e o estigma social da obesidade que pode afetar a saúde mental, a condição diminui a expectativa e a qualidade de vida.

Para iniciar uma dieta anti-inflamatória que auxilia no tratamento da obesidade, o primeiro passo é contar com acompanhamento de um nutricionista para elaboração de um plano alimentar individualizado e também avaliação de taxas hormonais e metabólicas, através de exames.

Na sequência, é preciso reduzir (e muito!) do cardápio alimentos industrializados que colaboram com o processo de inflamação, entre eles:

  • Refrigerantes e sucos de caixinha adoçados;
  • Alimentos ricos em açúcar, a exemplo sorvetes e doces;
  • Carboidratos refinados, como pão de forma e biscoitos;
  • Carnes processadas, como salsicha, mortadela e embutidos;
  • Bebidas alcoólicas.

As técnicas usadas na preparação dos alimentos da dieta anti-inflamatória também são importantes. Sempre que possível, deve-se optar por consumir os alimentos crus ou cozidos no vapor. Grelhados e assados podem ser consumidos em uma menor proporção, pois essa técnica também aumenta a presença de substâncias mais inflamatórias nos alimentos.

O que comer na dieta anti-inflamatória?

Uma boa notícia é que como prioriza os alimentos naturais, a dieta anti-inflamatória possui uma ampla relação de alimentos que podem ser inseridos no dia-a-dia.

A seguir, confira uma relação de alimentos que fazem parte de uma dieta anti-inflamatória:

  • Peixes ricos em ômega-3: salmão, atum, arenque, sardinha e cavalinha;
  • Leguminosas: feijão, lentilha, ervilha e grão de bico;
  • Sementes e grãos integrais: chia, linhaça, gergelim, gérmen de trigo, quinua, amaranto;
  • Oleaginosas: castanhas, avelã, nozes e amêndoas;
  • Legumes e vegetais: tomate, gengibre, couve-flor, nabo, rabanete, repolho, cenoura, abóbora, espinafre, rúcula, brócolis, agrião, escarola e couve;
  • Frutas vermelhas: morango, romã, melancia, cereja e uva;
  • Frutas ricas em vitamina C: laranja, kiwi, acerola, limão, goiaba, tangerina, maracujá, caju, melão, mexerica, mamão e acerola;
  • Óleos: azeite de oliva extravirgem e óleo de coco;
  • Chás: chá-verde, chá de alecrim, chá de gengibre, chá de erva doce;
  • Especiarias: açafrão, cúrcuma e curry;
  • Probióticos: iogurte natural, kombucha e kefir.

Cuidados adicionais para diminuir a inflamação

Por privilegiar alimentos que auxiliam na redução da inflamação, a dieta anti-inflamatória pode ser uma aliada no tratamento da obesidade, colaborando para a perda do sobrepeso.

Ela é indicada não só para pessoas com obesidade, mas também para todas as pessoas que desejam adotar hábitos alimentares mais saudáveis para prevenir doenças e ter uma melhor qualidade de vida.

No entanto, além de adotar o plano alimentar individualizado elaborado pelo nutricionista, para obter resultados satisfatórios, deve-se também combater o sedentarismo.

Incluir na rotina a prática de atividades físicas moderadas com a realização de no mínimo 150 minutos semanais, como recomendado pela Organização Mundial da Saúde, pode trazer vários benefícios para a saúde.

Outros aspectos importantes incluem a ingestão de água, pelo menos 2 litros (ou 35ml x seu peso corporal) e ter boas noites de sono.

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Referências:

https://www.sbemsp.org.br/imprensa/releases/736-a-obesidade-e-uma-doenca

https://www.sbcbm.org.br/estudo-aponta-perda-de-ate-10-anos-na-expectativa-de-vida-de-pessoas-obesas/

Carolina Favaron

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